13 de abril de 2012

Era uma vez... Os medos!

Era uma vez um coração palpitante. Acordava palpitante sorridente de manha, tomava o pequeno-almoço assobiador palpitante e passava o dia saltitando, assobiando e sorrindo.

Ás vezes o coração palpitava diferente, rodeado por nuvens cinzentas e pesadas que lhe iam roubando cada vez mais espaço. Eram nuvens cinzentas de medo, carregadas com montanhas de palavras medrosas, juntinhas, de mãos dadas como se fosse uma brincadeira de crianças, mas sem cor.
A Altura estava ao lado do Mar, seguido da Mota, do Avião e do Desconhecido. Mais Cobras, Pessoas, e Palavras Feias; mais Velocidade, Gritos e Ansiedade; mais o ridículo com o desconhecimento e dedo indicador… Eram tantas as palavras que preenchiam cada nuvem, justificando bem a sua coloração cinzenta e o peso sacrificado. Coitadinha da nuvem e coitadinho do coraçãozinho assustado e pequenino que ás vezes até deixa de palpitar.

O coração palpitante sonhava com a Coragem para o salvar. A Coragem seria uma espécie de Super-Herói, com forças extraordinariamente invulgares, que protegeria o coração das energias negativas transmitidas pelas nuvens. Depois iria dar a mão a todas as palavras medrosas, pacientemente e compreensivamente. A cada palavra medrosa iria dar confiança, carinho e independência para que saibam que podem existir individualmente, sem necessidade de limitar o coração. Assim, as palavras medrosas começaram a entender que existem mais sítios para estar além daquelas nuvens e muitas emoções estariam guardadas para o momento em que se enfrentariam a si mesmas.
Sim, porque emoções eram temidas e evitadas mas com o calor do Amor apresentado pela Coragem, percebeu-se que emoções são fortes, intensas e verdadeiras razoes para viver cada dia, cada momento, porque são sinonimo de vida…

As palavras medrosas expandiram-se devagarinho enquanto o cinzento das nuvens se dissipava. O coraçãozinho recomeçou a palpitar sorridente e a sua cor vermelha a brilhar cada vez mais. Começou a viver… viver mais intensamente cada momento, da melhor oportunidade que tivera: ViVeR!

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